CRM VAM RS
Atendimento Psicológico, Social e Jurídico para Mulheres Vítimas de Violência
No Centro Estadual de Referência a Mulher Vítima de Violência Vânia Araújo Machado - CRM VAM RS, oferecemos atendimento especializado para mulheres que enfrentam qualquer tipo de situação de violência. Nossa equipe multidisciplinar está pronta para fornecer apoio psicológico, social e jurídico, ajudando a fortalecer e orientar você em sua jornada para a recuperação e empoderamento.
Você pode entrar em contato com o CRM VAM RS através da Escuta Lilás 0800 541 0803
Para Denúncias, procure a Central de Atendimento à Mulher.
DISQUE 180
Você não está sozinha! Se você ou alguém que você conhece está enfrentando violência doméstica, denuncie.
A sua autoestima é essencial na prevenção a relacionamentos abusivos, pois fortalece seu autovalor, a capacidade de reconhecer sinais de alerta e estabelecer limites saudáveis. Quando uma pessoa se valoriza, é menos propensa a tolerar comportamentos prejudiciais de um parceiro e mais capaz de buscar relacionamentos saudáveis.
Como reconhecer sinais de que minha autoestima não está saudável:
- Preferir estar mal acompanhado do que sozinho;
- Se dar por vencida antes de realizar qualquer atividade;
- Pensamento de inutilidade e de não fazer nada certo;
- Dificuldade de tomar decisões sozinha;
- Medo exagerado de errar, se achar incapaz de fazer;
- Sentimento de não servir para nada;
- Desvalorização dos seus talentos;
- Deixar de fazer o que quer para agradar o outro;
- Passividade e medo do novo;
- Crises de ansiedade;
- Desconhecimento das suas emoções;
- Dificuldade de aceitar críticas;
- Presença de pessimismo constante;
- Sensação de não merecimento;
- Dificuldade de atingir suas metas;
- Enxergar e potencializar somente seus defeitos.
Como fortalecer sua Autoestima:
Pratique a autoaceitação:
- Reconheça e aceite suas imperfeições e falhas como parte natural do ser humano.
- Dedique tempo para cuidar do seu bem-estar físico, emocional e mental.
- Identifique e desafie pensamentos negativos.
- Fique atenta aos pensamentos autodepreciativos e desafie-os com afirmações positivas e realistas.
- Celebre suas conquistas.
- Reconheça e celebre suas realizações, por menores que sejam.
- Estabeleça metas realistas e que estejam ao seu alcance, e celebre cada progresso alcançado.
- Cultive relacionamentos positivos.
- Cerque-se de pessoas que o apoiem, respeitem e valorizem você como indivíduo.
- Dedique tempo para fazer atividades que lhe tragam alegria e satisfação.
- Veja seus fracassos como oportunidades de aprendizado e crescimento pessoal.
- Desenvolva habilidades pessoais.
- Invista em aprender novas habilidades e interesses que o ajudem a se sentir realizado e confiante.
- Aprenda a se olhar no espelho e ressaltar suas qualidades ao invés de focar nos defeitos.
- Reconheça que todos cometemos erros e falhamos em determinados momentos da vida.
- Permita-se perdoar a si mesmo por suas imperfeições e pelos erros do passado.
- Aprenda com suas experiências e use-as como oportunidades de crescimento pessoal.
- Liberte-se do peso do remorso e da autocrítica, cultivando a compaixão e a gentileza consigo mesmo.
- Busque ajuda profissional, se necessário: Não hesite em procurar a orientação de um terapeuta ou profissional de saúde mental se estiver enfrentando dificuldades significativas com sua autoestima.
Se eu não me amo, não sei como é ser amada!
Como inicia um relacionamento abusivo:
Encanto inicial:
O homem parece ser um "príncipe encantado", no início do relacionamento, muitas vezes sendo encantador, atencioso e aparentemente perfeito, te enche de mimos, cuidados e presentes.
Tábua de salvação:
Ele se apresenta como a solução para todos os problemas da mulher, fazendo-a acreditar que só ele é capaz de fazê-la feliz e cuidar dela.
Dependência emocional:
A mulher começa a se tornar emocionalmente dependente do homem, acreditando que não pode ser feliz sem ele e que ele é a única fonte de felicidade.
Autonomia minada:
A mulher passa a acreditar que não consegue cuidar de si mesma e se torna cada vez mais dependente emocionalmente e financeiramente do homem.
Submissão:
A mulher se submete ao homem, muitas vezes aceitando seu comportamento abusivo como algo normal.
Medo de perder:
Ela desenvolve um medo intenso de perder o relacionamento, acreditando que não pode viver sem ele.
Se eu não sei meu valor, ele pode me dar o que quiser
Gaslighting é uma forma de abuso emocional que pode ser sutil e prejudicial, o agressor precisa primeiro desconstruir a mulher, para construir a vítima.
Gaslighting = Manipulação
Fazer a mulher achar que está ficando louca.
Uma forma de abuso mental que consiste em distorcer os fatos e omitir situações para deixar a vítima em dúvida sobre a sua memória e sanidade.
Alguns exemplos:
Mentira
Ela pode até desconfiar das palavras do manipulador, mas, como ele mente com tanta confiança, a sua percepção é colocada em dúvida.
Negação da realidade
Tudo o que a vítima diz é “loucura”, “mal-entendido”, “falta de intepretação” e outras desculpas para fazê-la duvidar do que realmente aconteceu.Da mesma forma, quando ela questiona o porquê de ele ter dito determinadas palavras, o manipulador logo diz “eu não falei isso, você está viajando”.
Chantagem
O manipulador sabe usar o que a vítima ama contra ela.
Ele reconhece a importância da família, dos amigos, dos filhos e do trabalho em sua vida. Assim, usa esses elementos contra ela para conseguir o que deseja.
Ameaças
Ameaças emocionais também são um sinal de gaslighting bastante comum.O manipulador diz coisas como:"vou levar os seus filhos" ou
" você nunca mais vai achar alguém capaz de lhe aturar”.
Incoerência
O manipulador não segue as próprias palavras.
Ele possui diversas condutas incoerentes, as quais plantam dúvidas na mente da vítima.Por exemplo, ele afirma ser uma pessoa justa, mas demonstra ter comportamentos opostos aos seus supostos valores. Ou diz que “mulher não tem amigo homem, mas está sempre dando carona para uma amiga”.
Exaustão Mental
A frequência de manipulações é extenuante. A vítima começa creditar que está ficando louca. Será que foi isso mesmo? Será que estou exagerando? Será que ele teria mesmo essa atitude?
Isso faz com que a sua capacidade de tomar decisões seja reduzida.
Inverter o Jogo
O manipulador faz acusações descabidas contra a vítima. Ele a acusa de traição, de comportamentos inadequados, de querer machucá-lo, de ser uma pessoa ruim, entre outros.
Mesmo que as suas palavras não façam sentido, ele faz um drama para tentar convencer a vítima.
Ela, por sua vez, fica tão preocupada em se defender que não percebe os demais sinais de alerta.
Isolamento
O gressor afasta a mulher de qualquer convíveoou Rede de Apoio, escola, trabalho, família e amigos, usando frases do tipo “ você não precisa trabalhar, vou te sustentar’, “sua família se mete demais na nossa vida”, “essa sua amiga não presta”, dentre outras.
A culpa é minha e eu ponho em quem eu quiser
A violência pode se manifestar de várias formas, incluindo física, emocional, sexual, financeira e psicológica. No CRM VAM RS, educamos e capacitamos mulheres a reconhecer e enfrentar diferentes tipos de violência. Participe do nosso quizz sobre tipos de violência e aumente sua compreensão sobre esse assunto importante. Juntas, podemos criar um futuro livre de violência para todas as mulheres.
Opressão e Controle:
- Uso abusivo de poder ou autoridade para subjugar, restringir ou dominar a mulher;
- Exercício de controle excessivo sobre a vida da mulher, limitando suas escolhas e liberdades;
- Manipulação emocional, isolamento social, monitoramento constante das atividades da vítima;
- Danos psicológicos, emocionais e físicos à vítima, resultando em baixa autoestima, ansiedade e depressão;
- Manter o poder e o domínio sobre a vítima, impedindo-a de buscar ajuda ou escapar da situação de abuso;
- A opressão e o controle podem levar à perda de autonomia, à dependência emocional e à perpetuação do ciclo de abuso, tornando difícil para a vítima romper o ciclo e buscar ajuda.
Violência Física:
- Uso da força física para causar dano, lesão ou dor à vítima. Pode incluir socos, chutes, tapas, estrangulamento, entre outros;
- Deixa marcas visíveis no corpo da vítima.
Violência Psicológica:
- Manipulação emocional e mental para controlar e intimidar a vítima;
- Ameaçar, humilhar, insultar, chantagear emocionalmente;
- Destrói a autoestima, gerando ansiedade, depressão e trauma psicológico.
Violência Sexual:
- Qualquer ato sexual não consensual, coerção ou manipulação;
- Estupro, coerção sexual, abuso sexual infantil;
- Causar danos físicos, emocionais e psicológicos graves à vítima.
Violência Financeira:
- Controle ou restrição financeira exercida sobre a vítima;
- Roubar, controlar os recursos financeiros, impedir de trabalhar;
- Limitar a independência financeira da vítima e dificultar a fuga do relacionamento abusivo.
Violência Verbal:
- Uso de palavras para humilhar, insultar ou intimidar a vítima;
- Gritar, xingar, falas sarcásticas, ridicularizar a vítima;
- Causando danos emocionais e psicológicos, minando a autoconfiança e autoestima.
Violência Digital:
- Uso da tecnologia para ameaçar, assediar ou controlar a vítima;
- Stalkear, praticar cyberbullying, divulgar imagens da vítima sem consentimento;
- Provocar danos emocionais e psicológicos, invadindo a privacidade e a segurança da vítima.
Violência Judicial:
- Uso abusivo do sistema judiciário para intimidar, constranger ou obter vantagens indevidas sobre a mulher;
- Acionar do Judiciário com o objetivo de comprometer a imagem da mulher, independentemente da veracidade das alegações;
- Utilizar evidências sem comprovação, como fotos, vídeos ou prints, para difamar a vítima e minar sua credibilidade. Impacto: Danos emocionais, legais e psicológicos à vítima, dificultando sua busca por justiça e proteção;
- Intimidar a mulher e prejudicar sua posição legal, visando ganhos pessoais ou atrasar processos legítimos;
- A violência judicial pode prolongar o sofrimento da vítima, desencorajando-a a buscar ajuda legal e perpetuando o ciclo de abuso.
Esses são os principais tipos de violência presentes nos relacionamentos abusivos, cada um com suas características e impactos específicos na vida das vítimas.
DENUNCIE! Juntas, podemos quebrar o silêncio, desafiar o abuso e construir um futuro onde todas as mulheres sejam livres para viver sem medo.
Existem diversos fatores que podem contribuir para que uma mulher aceite e se mantenha em um relacionamento abusivo. Aqui estão alguns deles:
Ciclo de Abuso e Perdão:
O agressor muitas vezes alterna entre comportamentos abusivos e momentos de carinho e arrependimento, levando a vítima a acreditar que o relacionamento pode melhorar.
Medo:
A vítima pode temer retaliação do agressor, tanto física quanto emocional, caso tente sair do relacionamento.
Dependência Financeira:
Se a vítima é financeiramente dependente do agressor, pode ser difícil deixar o relacionamento por medo de não conseguir sustentar a si mesma ou aos filhos.
Isolamento Social:
O agressor muitas vezes tenta isolar a vítima de amigos, familiares e outros sistemas de apoio, tornando mais difícil para ela buscar ajuda ou apoio externo.
Baixa Autoestima:
A vítima pode acreditar que merece o tratamento abusivo, especialmente se o agressor a convenceu de que ela é responsável pelos abusos.
Crenças Culturais ou Religiosas:
Algumas culturas ou religiões podem promover a submissão da mulher ao homem, o que pode dificultar que ela reconheça e denuncie o abuso.
Falta de Informação ou Recursos:
A vítima pode não estar ciente dos recursos disponíveis para ajudá-la a sair do relacionamento abusivo ou pode enfrentar barreiras para acessá-los.
Ciclo de Violência:
O ciclo de violência pode levar a vítima a acreditar que os momentos de abuso são justificados ou que ela tem culpa pelo comportamento do agressor.
Esses são apenas alguns dos fatores que podem influenciar uma mulher a aceitar e permanecer em um relacionamento abusivo. É importante reconhecer que cada situação é única e que as razões pelas quais uma pessoa permanece em um relacionamento abusivo podem variar amplamente.
O Centro de Referência da Mulher Vânia Araújo Machado (CRM VAM RS) é o espaço de atendimento especializado para as mulheres em situação de vulnerabilidade no Rio Grande do Sul. Ele foi instituído por meio do Decreto Nº 41.509, de 27 de março de 2002. Desde então, ele tem a incumbência de realizar os atendimentos aos casos de violência contra a mulher, oferecendo orientações, esclarecimentos, apoio, acolhimento e abrigo, com foco principal nas demandas de alta complexidade de todos os municípios do estado. Além disso, ele direciona as vítimas para o atendimento no CRM municipal, para facilitar o acesso à política pública.
Durante os anos de implementação ele esteve localizado em diferentes endereços, mas a partir de março de 2024, ele recebeu uma nova sede com estrutura acessível e adaptada. O local fornece todas as condições para que o atendimento seja realizado de forma efetiva.
Nova estrutura de Atendimento
O espaço é dividido em dois andares e é ocupado por diversos setores para proporcionar atendimentos qualificados para as mulheres em vulnerabilidade.
Confira a estrutura das salas:
- Recepção e Sala de Espera;
- Sala da Direção Administrativa;
- Sala da Equipe Administrativa;
- Sala de Teleconferência;
- Sala para atendimento PCD e com privacidade;
- Banheiro PCD;
- Copa;
- Sala da Rede (Procergs);
- Salas de Atendimento;
- Sala de Espera;
- Sala da Equipe 1 e Discussão de Caso;
- Sala da Equipe 2 e Atendimento Escuta Lilás;
- Sala da Analista Jurídica;
- Brinquedoteca;
- Sala de Monitoramento;
- Banheiros;
- Depósito e Almoxarifado.
O atendimento será realizado pela seguinte equipe:
-2 analistas psicólogas;
-2 analistas assistentes sociais;
-1 analista jurídica;
-1 segurança armada;
-1 copeira;
-1 auxiliar de serviços gerais;
-Apoio do Departamento de Políticas para a Mulher, que auxilia em toda a base administrativa e de gestão.
Além dos atendimentos, são realizados na sede diversos trabalhos administrativos, que são fundamentais para o bom andamento do serviço no Estado. São eles:
- Atendimento das ligações do telefone nominado Escuta Lilás, através do 0800 541 0803;
- Encaminhamento as demandas de mulheres que imigraram ao RS e sofreram violência;
- Treinamento das equipes dos CRMs municipais implementados;
- Auxilia os CREAS e CRAS que encaminham atendimentos a mulheres vítimas de violência nos municípios e que não tem CRM implementado;
- Auxilia no intercâmbio de vagas para abrigamento das mulheres vítimas de violência e seus filhos menores dependentes.
Desde a implementação do Centro, ele recebeu o nome de Vânia Araújo Machado, como uma forma de homenagear uma importante ativista que esteve à frente da Coordenadoria Estadual da Mulher.
Vânia e seu filho faleceram no parto no ano 2000, devido a complicações no procedimento. O médico obstetra foi indiciado por duplo homicídio e sua história virou símbolo de luta contra a mortalidade materna no Estado do Rio Grande do Sul.
-Endereço: Rua Miguel Tostes, 823, Rio Branco, Porto Alegre
-Telefone: (51) 3288-9399
-Escuta Lilás: 0800 541 0803
-E-mail: crm@justica.rs.gov.br
-Horário de atendimento: 8h30 às 18h, de segunda a sexta-feira
Frente à necessidade de levar informação, apoio psicológico e jurídico diretamente às mulheres em todo amplo território, o Estado do RS inova com nova proposta para o já conhecido Ônibus Lilás, um veículo itinerante equipado com tecnologia de ponta para combater a violência de gênero. O Ônibus Lilás integra a abordagem inovadora ao atendimento, promovendo conscientização e apoio à mulher em diferentes localidades.
Recursos Tecnológicos e Interatividade:
O Ônibus Lilás estará equipado com WiFi, tela interativa, disponibilizará quizz interativo que aborda temas cruciais como autoestima, gaslighting e relacionamentos abusivos. Essa abordagem lúdica e educativa permitirá às mulheres gaúchas aprenderem mais sobre essas questões de maneira envolvente e acessível, identificando questões que muitas vezes está vivendo sem perceber.
Atendimento Virtual:
O ônibus contará com uma sala de atendimento virtual, conectada ao Centro de Referência Estadual da Mulher Vânia Araújo Mavhado (CRM VAM RS), proporcionando atendimento a distância por meio de vídeo chamadas com nossas psicólogas, assistentes sociais e profissionais jurídicos. Permitindo assim que mulheres tirem dúvidas e recebam apoio especializado, mesmo em áreas remotas.
Identidade Visual e Espaço de Conforto:
O Ônibus Lilás é identificável por sua identidade visual marcante, promovendo visibilidade e reconhecimento. Na frente do veículo, um gazebo com puffs cria um espaço convidativo, proporcionando um ambiente de conforto para conversas particulares e momentos de apoio.
Atendimento em Eventos e Áreas de Vulnerabilidade:
O Ônibus Lilás não se limitará necessariamente ao evento, mas poderá estender seu alcance para áreas de maior vulnerabilidade social, estacionando nas comunidades próximas, o Ônibus Lilás proporcionara acesso igualitário aos recursos e serviços oferecidos pelo Governo do Estado e divulgará o South Summit, e a importância da tecnologia aliada aos serviços públicos.
Link com o South Summit:
Ao apresentar o Ônibus Lilás no South Summit, destacamos a convergência da tecnologia com a prestação de serviços públicos inovadores. Este projeto exemplifica como a tecnologia pode ser utilizada de maneira inclusiva, atendendo às necessidades específicas das mulheres e promovendo a conscientização em diferentes contextos sociais.
O renovado Ônibus Lilás representara uma abordagem transformadora no combate à violência contra a mulher. Ao integrar tecnologia, atendimento especializado e conscientização itinerante, este projeto busca não apenas oferecer suporte imediato, mas também inspirar outros estados e países a adotarem estratégias semelhantes. Estamos entusiasmados para compartilhar essa nova iniciativa no South Summit e contribuir para a construção de políticas que comprovem a necessidade de embarcarmos cada vez mais tecnologia para ampliar nossos atendimentos.