Governo do Estado inicia o uso de bloqueadores de sinal na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas
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O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS), deu início, nesta terça-feira (13), ao funcionamento de um sistema de bloqueadores de sinal na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). A tecnologia impede o uso de aparelhos celulares, de radiofrequência e de drones.
O começo da utilização do sistema segue o projeto de implantação dos dispositivos nas 15 maiores unidades prisionais do Estado, cujo cronograma está com o prazo de conclusão para ocorrer ao longo de 2023. Com investimentos vindos do programa Avançar, no total, a implementação da tecnologia em todos os estabelecimentos prisionais previstos deve custar ao Estado cerca de R$ 61 milhões por ano.
O principal objetivo do sistema é o de evitar que líderes de facções comandem crimes de trás das grades, como assaltos, sequestros, extorsões e até torturas. Além disso, o sistema antidrones, ao impedir a entrada de materiais ilícitos, como drogas e armas, deve ter impacto significativo na diminuição da criminalidade dentro e nos arredores dos presídios, enfraquecendo financeiramente essas organizações.
O secretário da SJSPS, Mauro Hauschild, classificou o início da utilização do funcionamento dos bloqueadores como histórico. “É um momento em que damos um salto de qualidade nos serviços prestados pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), porque, além de detectar o sinal e bloquear aparelhos telefônicos, vamos poder também nos servir dessas informações para as áreas de inteligência, no sentido de obter acesso às conversas, às trocas de mensagens e de dados”, apontou ele.
Hauschild afirma ainda que o uso dessa tecnologia possibilita uma pronta resposta à necessidade de alguma intervenção e uma contribuição efetiva para o processo de investigação de crimes cometidos nos estabelecimentos prisionais. “Isso vai permitir que possamos agir de forma rápida e eficiente, identificando o equipamento utilizado, extraindo as informações desse dispositivo e podendo informar às forças de segurança sobre o comportamento de todos aqueles que praticarem condutas ilícitas através do uso de sistemas de comunicação no sistema prisional”, completou o secretário.
Para o superintendente da Susepe, José Giovani Rodrigues, o sistema instalado representa mais segurança para a sociedade. “É uma tecnologia importante que estamos implementando para a gestão de segurança pública no Estado, porque promete impedir o uso de comunicação telefônica por parte de apenados e, assim, evitar que eventuais comandos de detentos cheguem ao lado de fora do sistema prisional através de aparelhos celulares”, explicou o superintendente.
Texto: Wagner Meirelles / Ascom SJSPS e Rodrigo Borba / Ascom Susepe