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Jornada contra exploração sexual de crianças e adolescentes tem foco na Copa do Mundo

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Em sua manifestação a secretária adjunta da SJDH, Maria Celeste, destacou que as pessoas estão adquirindo a cultura de denunci - Foto: Gabriel Gabardo

O pontapé inicial da XI Jornada Estadual contra a Violência e a Exploração Sexual de Crianças e de Adolescentes foi dado na tarde desta quarta-feira (18), em Lajeado, que nesta edição tem uma relação direta com o futebol. As oito cidades que receberão as audiências públicas estão habilitadas a ser centro de treinamento das seleções na Copa do Mundo de 2014 no Rio Grande do Sul. Com o tema "Violência e exploração sexual nesta rede não entram", a jornada tem foco nesta edição prevenir abusos sexuais infantojuvenil em grandes eventos.

Na abertura da audiência, realizada no auditório da prefeitura de Lajeado, a secretária adjunta da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH), Maria Celeste, destacou o aumento do número de denúncias sobre abusos sexuais. Neste ano, já foram registradas uma média de 10 casos de violência sexual infantil por dia no Estado. Em 2012, a média ficou em 11,8 casos por dia. "Isso se deve ao fato de as pessoas criarem a cultura de denunciar", completou ela, ressaltando que os municípios escolhidos para receberem a jornada ou são aptos a serem centro de treinamento ou são turísticos, atraindo muitos visitantes.

Em sua manifestação, o representante da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, Jeferson Weber, mostrou a manchete publicada pelo jornal argentino Olé no dia seguinte à classificação da seleção do país vizinho à Copa do Mundo no Brasil:" Garotas, aí vamos nós!". Ele usou o exemplo como um alerta aos problemas que podem ocorrer durante a competição. "Isso é para se ter ideia do desafio que temos", afirmou. Já o promotor de Justiça Sérgio da Fonseca Diefenbach reforçou a necessidade do trabalho em rede. "Precisamos defender a dignidade das pessoas e isso começa no lar, que é onde as coisas acontecem", alertou.

Palestras
Um dos palestrantes da tarde, o comentarista esportivo da RBS TV Maurício Saraiva (foto abaixo) falou de sua experiência nas coberturas de Copa do Mundo. Ele citou como exemplo negativo a Copa do Japão, em 2002, quando, segundo ele, ocorreram muitos casos de abuso sexual. Por outro lado, conforme o comentarista, a Copa da África do Sul, em 2010, não teve muitos registros devido ao trabalho de prevenção realizado no país. "A Copa do Mundo funciona como holofote. Ela joga luz sobre o que acontece, assim podemos piorar ou melhorar a situação nesse tipo de ocorrência", ressaltou Saraiva.

Também estiveram presentes na audiência pública representantes da prefeitura de Lajeado, Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça do Estado, da Associação dos Defensores Públicos do Rio Grande do Sul e da Polícia Civil. Promovida pela Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos, em parceria com a Assembleia Legislativa, o Ministério Público e a Fundação Mauricio Sirotsky Sobrinho, a jornada passará ainda em 2013 pelas cidades de Porto Alegre, Canoas, Viamão, Bento Gonçalves, Farroupilha, Gramado, Canela.

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