O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), em parceria com a Escola de Direito da PUCRS, realizou na terça-feira (20/8) na PUCRS, em Porto Alegre, o 2º Congresso do Fórum de Convivência Inter-religiosa do Rio Grande do Sul (Convir-RS). Nesta segunda edição, a proposta foi partilhar reflexões e contribuições das lideranças religiosas das mais diversas tradições presentes no RS tendo como pano de fundo o enfrentamento das enchentes de maio, além de oportunizar a apresentação de cada cultura. Estiveram presentes lideranças religiosas, professores e estudantes do Ensino Fundamental e Médio. O secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Fabrício Peruchin, participou do ato de abertura.

“As enchentes foram extremamente graves e até hoje trazem grandes consequências, que o Governo está trabalhando para resolvê-las. Contudo, destaco aqui o papel da fé nesses tristes momentos. Foi ela a responsável por manter tantas e tantas pessoas de pé e com a esperança intacta por dias melhores”, diz Peruchin. “Precisamos cada vez mais, com base no diálogo, entendermos a forma que cada ser humano acessa esse grande sentimento”, afirma.

O coordenador da Graduação da Escola de Direito da PUCRS, professor Elton Somensi, reafirmou o compromisso da universidade com os valores do diálogo e da convivência fraterna. “O evento de hoje é muito mais do que uma simples continuidade do trabalho que está sendo realizado. Ao meu ver, ele representa o aprofundamento desse compromisso”, disse.

O evento ocorreu durante todo o dia, sendo realizados quatro painéis, que além de compartilhar as contribuições das tradições durante as enchentes, buscaram apresentar cada uma delas. Ainda foram abordados temas importantes no cenário religioso, como o diálogo, a solidariedade, o sofrimento humano e o papel da fé em situações de crise ou catástrofe.

Para o participante do painel intitulado como “diálogo dentro da comunidade religiosa”, o líder do Candomblé Angola, Tata Nedendu, a manutenção desta troca de realidades é fundamental. “O diálogo é a coisa mais importante do ser humano, sem ele ocorrem guerras e conflitos desnecessários. Nós somente atingiremos um futuro próspero e com paz por meio da manutenção do diálogo”, afirma.

O subsecretário de Justiça e Integridade Institucional da SJCDH, Rafael Gessinger, tem auxiliado na organização da Convir-RS desde o início de sua implementação e formalização pelo Governo do Estado. "Estamos estimulando a cultura de paz e o respeito aos direitos humanos, como a liberdade religiosa”, afirma. “Queremos cada vez mais a participação das diversas culturas religiosas presentes no Rio Grande do Sul e a exigência que fazemos é que esses representantes estejam comprometidos com os valores do diálogo, da convivência pacífica, do respeito, da fraternidade e da dignidade da pessoa humana”, diz.

Os encontros ordinários do grupo ocorrem na última terça-feira de cada mês, também com reuniões itinerantes, em que uma tradição se torna voluntária para sediar o encontro e o anfitrião tem a possibilidade de apresentar as principais características de sua tradição religiosa. O objetivo é de que os participantes possam compreender os rituais, aspectos celebrativos e compromissos de fé de cada cultura.

Também prestigiaram o evento, como mediadores, o Diretor Geral da Secretaria de Educação do Estado, André Agne Domingues, e a Diretora do Departamento de Igualdade Étnico-racial da SJCDH, Sanny Figueiredo.

Sobre o CONVIR
O Fórum de Convivência Inter-religiosa do Estado do Rio Grande do Sul - CONVIR-RS é ligado à Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) e tem como propósito promover uma cultura de paz, de diálogo e de entendimento, bem como de fortalecer a cidadania e o respeito aos direitos humanos no Estado.

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