Há um ano, neste mesmo 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Governador Eduardo Leite inaugurava o novo prédio do Centro de Referência da Mulher Vânia Araújo Machado (CRM-VAM). Um espaço remodelado e estruturado que durante esses 12 meses foi crucial para o atendimento em rede das mulheres vítimas de violência no Rio Grande do Sul.

O ano de 2024 foi de muitas dificuldades. O Estado sofreu uma das maiores crises climáticas do Brasil, durante as enchentes de maio. Mesmo com todas as dificuldades, o CRM trabalhou arduamente para atender as mulheres, com uma equipe especializada que priorizou as necessidades específicas femininas. Principalmente, daquelas que em momentos de calamidade, vivem situações ainda mais vulneráveis.

“Esse trabalho realizado no Centro não pode parar. Ele é fundamental para que toda rede trabalhe de maneira interligada. Não queremos que nenhuma mulher fique desassistida, esse é o nosso objetivo”, afirmou o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Fabrício Peruchin. “Queremos estender isso para que mais municípios abram CRMs, e as mulheres tenham onde buscarem auxílio em suas cidades”.

Atuando em Rede com os Centros Municipais já existentes, o CRM-VAM trabalha em toda extensão do RS. Segundo a diretora do Departamento de Políticas para a Mulher (DPM), Carina Bernardi, a atuação é contínua. “Trabalhamos de forma conjunta com a Rede de Proteção às Mulheres, objetivando garantir o acolhimento adequado, o encaminhamento eficiente e a efetivação dos direitos das mulheres em situação de vulnerabilidade”, disse. “Esse alinhamento fortalece a implementação de políticas públicas integradas, promovendo um atendimento humanizado e garantindo que os serviços especializados atuem de maneira articulada e eficaz”.

Incentivo para criação de Centros Municipais
Para fortalecer o trabalho da Rede de Proteção das Mulheres no RS, o governo do Estado direcionou R$ 3.880 milhões para qualificação ou implementação dos Centros Municipais de Referência da Mulher (CRMs). A presença destes espaços será fundamental para o melhor atendimento das mulheres vítimas de violência.

Reativação da Rede Lilás
O alinhamento realizado a partir da nova estrutura, envolveu diferentes instituições. Um grande avanço foi a reativação da Rede Lilás. Um comitê formado por representantes de diversos órgãos públicos, com coordenação do DPM, da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), e que trata de questões relacionadas à proteção das mulheres no Rio Grande do Sul. A primeira reunião que marcou o ato de reativação ocorreu em 12 de julho de 2024, no CRM-VAM.

A Rede Lilás foi instituída em 2015 e estava desativada desde 2017. O comitê busca acelerar a articulação de serviços públicos e ações que visam à segurança de mulheres e meninas, tirando-as dos ciclos de violência. Com isso, oferece acesso à segurança, saúde, educação, assistência social e justiça.

Casa Violeta
Um dos trabalhos realizados com apoio específico do CRM-VAM e do Departamento de Políticas para a Mulher, foi a Casa Violeta. O espaço garantiu, durante um ano, a permanência estendida e assistência às mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade, atingidas pelas enchentes.