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Projeto "Fala, guria" orienta mulheres vítimas de violência doméstica

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Projeto "Fala, guria" foi lançado em novembro de 2020
Projeto "Fala, guria" foi lançado em novembro de 2020

Lançado em novembro de 2020, o projeto "Fala, guria" tem como finalidade orientar sobre os procedimentos necessários para vítimas de violência doméstica ou pessoas que conheçam mulheres que estejam nessa situação. A iniciativa faz parte da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, por meio do Departamento de Políticas para as Mulheres (DPM).

O "Fala, guria" funciona por meio de formulário eletrônico disponível no site da SJCDH. Encaminhamentos feitos por ali são respondidos pelo DPM, juntamente com o Centro Estadual de Referência da Mulher. Nas respostas, serão informados os locais para atendimento adequado, levando em consideração a situação de cada mulher e o tipo de violência sofrida, de possíveis desdobramentos em casos de denúncia e os tipos de medidas protetivas existentes.

A diretora de Políticas para as Mulheres, Bianca Feijó, explica que o projeto surgiu como uma tentativa de acabar com a subnotificação dos casos de violência doméstica no Estado. “Entendemos que essa subnotificação é causada, principalmente, por uma falta de informação sobre os serviços de proteção à mulher que são oferecidos pelo Estado. O receio de não saber a qual instituição recorrer e quais os procedimentos serão realizados nesse lugar pode impedir que mulheres peçam ajuda e denunciem a violência sofrida”, ressalta Bianca Feijó. “Nós queremos mostrar que o Estado está ao lado dessas mulheres. Elas não precisam sofrer caladas, mas precisamos que o primeiro passo seja dado para que possamos acabar com o ciclo de violência”, completa.

O Secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Mauro Hauschild, considera que o projeto tem um grande potencial para reduzir a subnotificação dos casos e servir como um auxílio às mulheres vítimas de violência. "Essa iniciativa pode mudar a vida de mulheres que estão com medo de denunciar casos de violência. Agora, com uma orientação correta, o procedimento para acabar com essa situação será mais fácil."

É importante salientar que não são feitos encaminhamentos aos demais órgãos ou instituições do sistema de Justiça. A ideia é prestar informações sobre os procedimentos necessários em cada caso e a quais serviços do Estado ou do seu município a pessoa pode recorrer, como delegacias, casas de acolhimento, Defensoria Pública ou Ministério Público. Para que ocorra a notificação, é necessário que a pessoa procure os locais indicados. Todas que solicitarem reposta por meio do formulário terão sigilo garantido.

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